O pano cai, o medo vem
O corpo treme e sente o chão
Por tanto quereres o que não tens
A voz é surda atrás da mão.
O corpo treme e sente o chão
Por tanto quereres o que não tens
A voz é surda atrás da mão.
O corpo treme.
Sucessivas convulsões, não páram, nem eu as quero parar agora.
A adrenalina sobre, e eu já não sou eu; sou algo cheio de vivacidade.
Neste êxtase, sabes o quanto procurei o teu rosto na multidão?
Sabes o quão ousei querer ser mar tão claro como o dos teus olhos?
Tão rápido sonhei como tão rápido acordei.
A queda já não dói. Habituei-me a ela, tornei-me nela.
É por isso que quando encontrei o teu rosto na multidão
e me tornei no mar dos teus olhos
já nada era, nada via, nada sentia sequer.
As convulsões pararam.
Voltei a ser eu.
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