Quantos me vêem?

domingo, 9 de outubro de 2011

Divórcio Antes do Casamento

Admito que no meio das aulas (e não só) não me controlo com isto: tenho que escrever.
(In)felizmente não são os apontamentos das aulas, se bem que as faço.
Escrevo começando por uma frase que me saia do peito, por assim dizer. Daí crio uma pequena história, que quando acabo e leio começo a achar que está mal escrito.
Mas acho que nada me impedirá de publicar o que escrevo aqui no blog.
Deixo aqui estes textos, para que venha o diabo e escolha.
Para os lerem e darem a vossa opinião.
Mas não mudarei nada aqui, apesar das opiniões, e não é por uma questão de ignorância. Quero deixar os textos tal e qual como eles foram fabricados, e com as vossas opiniões melhorarei os textos que escrevo.

Diria que escrever é uma das minhas paixões...

Quero avisar que neste texto pode não se perceber nada. Mas creio que seria essa a minha intenção, inconscientemente ou não. E não alterarei uma única palavra, como disse acima.

Seria num destes dias de Verão, sob este sol abrasador, a maresia que alenta e a areia que me acaricia os pés, que me iria casar.
Mas divorciámos-nos antes do casamento.
Volto a sentir e a recordar tudo de novo, na tentativa de voltar atrás no tempo.
Ainda tinha o anel de noivado que ele me dera; mirei-o e com raiva tirei-o do meu dedo e quis atirá-lo para o mar. Mas hesitei.
A minha mente ordenava ao corpo para o lançar, mas o corpo não obedecia. Ao invés, voltei a pô-lo no dedo, e misteriosamente achei-o mais belo.
O amor que lhe tinha nunca desaparecera, mas a distância que nos separa agora mata esta relação, era a barreira que nos impedia de sermos felizes um com o outro.
Partiu para o estrangeiro antes do casamento, apenas o pude abraçar com um sorriso e dizer-lhe adeus com lágrimas.
Nestes pensamentos fui avançando para o mar, naquele momento não sabia ao certo o porquê.
O mar beijou-me os pés, envolvendo em seguida as minhas pernas como um abraço, as minhas mãos agradeciam-lhe este gesto puro e belo, onde o mar me responde com uma leve onda que mergulhou os meus braços, beijara o meu pescoço e fizera-me dele consumindo-me finalmente da cabeça aos pés.
Fui expulsando o oxigénio que me restava lentamente, e o mar foi invadindo-os, e a minha vida ia com o mar.
O tempo que lá fiquei pareceu eterno, e sentia-me leve e livre.
Não morri; larguei-me desta pequena "fantasia"e voltei à areia, arfando e tentando respirar.
Talvez, pensei eu, fiz este gesto inconsciente para provar a mim mesma, aos outros e à própria Natureza que estou viva e estarei para ficar, e que não será um mero desgosto amoroso que me matará!
Corri para fora dali, completamente encharcada, em princípio, a chorar por causa deste desgosto em que ele me deixara, mas em seguida sorri, por ainda estar viva.
Saí dali, e pensei em jurar apenas voltar àquele lugar com ele, no nosso casamento.
Voltaria àquele lugar quando fosse feliz.

P.S: Foi na frase a sublinhado que me inspirei neste texto.

Mais estarão para vir.

Sem comentários:

Enviar um comentário