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quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Exagero Amoroso

Quero avisar que este texto não deve ser levado à letra.
A inspiração para este texto surgiu porque estou a estudar o Romantismo em Literatura Portuguesa, e com este texto quis tornar o Romantismo "ridículo".
Como o título do texto indica, isto é um exagero. Tudo isto gira à volta disso, e deve-se ler as "entrelinhas" do texto para poder compreendê-lo.
Mais uma vez faço notar que a frase sublinhada é a frase-base, seja, a frase onde me inspirei para fazer este texto.




-Esquece-o - rosnava ele ao meu ouvido, apertando-me contra ele num abraço apaixonado.
-Esquece-o, - implorava-me ele - , esquece que já foste dele. Agora és minha.
Continuava a apertar-me cada vez mais contra ele, acariciando-me costas e peito debaixo da minha camisa, beijando-me freneticamente no pescoço, e longa e apaixonadamente nos meus lábios.
-Esquece o amor que lhe tinhas; eu dou-te mais e melhor. Já não és dele, mas sim minha. Quero-te, desejo-te, venero-te perdidamente. Oh, mulher fatal, como me matas!
O impacto que ele dera em mim deixara-me sem qualquer reacção ao início.
Quanto mais ele me implorava mais eu lhe cedia aos seus desejos e encantos.
-Esquece-o - dizia ele, e eu esquecia-o
Esquecia aquele que me tomara antes deste, esquecia o homem que me fizera sua e que era agora traído pelo seu melhor amigo.
Fui cedendo com ternura aos seus beijos quentes e ao seu abraço que me prendia.
O seu abraço sufocava-me, mal me mexia. De tão próxima que lhe estava senti o seu coração a bater-lhe fortemente, como que a querer saltar do peito fora; batia-lhe com tamanha força que por momentos julguei que se ele estivesse comigo mais um minuto que fosse teria um ataque cardíaco. Pensei por momentos em largar-me dele, mas do modo como ele estava apaixonado, e de como achei este amor um amor proibido, secreto e adúltero, decidi por fim entregar-me a ele. Retribui-lhe os beijos com a mesma paixão, envolvi o seu pescoço com os meus braços e fui acariciando-lhe o rosto e cabelo.
Ele sentiu-se correspondido: e agora os seus beijos tiravam-me o fôlego. Literalmente.
O meu coração batia cada vez mais forte, e no momento não soube dizer se seria da falta de ar ou se da sensação de aventura que este amor proporcionava.
-Sim, sê minha. Rende-te. Amo-te perdidamente. Hmm, minha Afrodite. Sou o teu fiel escravo, o teu amante proibido.
Entre beijos me dizia estas palavras.

Subitamente senti que nos transformámos em algo irreal, onde o nosso corpo e alma subitamente se unia.

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