Quantos me vêem?

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

( I )Mortal.


Nascemos e morremos.
Existe no meio o que chamamos de viver.
Rimos, choramos, fazemos e coçamo-los. Sim, os tomates.
Preguiçamos, amamos, odiamos, e tudo o mais.
No fim todos deixamos de ver, sentir e respirar. É o fim.
Será?

Procuramos o consolo desta suposta tristeza julgando falar com a pessoa que já se encontra para lá deste mundo.
Porque ela ainda respira, dentro de cada um que tocou, cada coração e mente.
Só nos entristecemos por não a mais podermos ouvir a sua voz, ter o seu toque, e tudo o mais.
Porque, de resto, a pessoa ainda lá está.

Vivemos com o sentimento que somos imortais. Que podemos enganar a Morte.
Ou atrasá-la. Mas ela é que nos atrasa, até quando ela bem o entender.
Temos esperança.

Suponho que antes de morrermos, temos o vislumbre da gadanha dela a brilhar, pronta a ceifar-nos.
Porque eu a vi, e não foi nos meus olhos. Foi nas dos meus queridos, e nas dos queridos de muita gente.

Que cruel e libertadora atitude.

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