Sempre tive o terrível medo de escrever logo o que sentia, pois receava a opinião dos outros.
Agora vou escrever como nunca o fiz, não apagando sequer uma única palavra que saia do meu ser.
"Corações ao Alto!", digo-o no meu título. Pois quero-os bem ao alto, tal como creio que tenha posto o meu.
Não sei porque assim o quero, mas hoje pareceu-me bem fazê-lo. Deixá-lo bem no topo, como se fosse a coisa mais importante para nós.
Se pudesse gritaria esta exclamação. Que se libertassem do fardo exterior com que muitos se protegem hoje em dia de modo a serem quem realmente são, sem futilidades ou algo de outra espécie que denote/conote falsidade.
Dói-me ver alguém assim. Dói-me ser abatida pelas defesas dos fardos deles.
Enfim, acabo por cair na parva pergunta de "porque é que não somos todos verdadeiros uns com os outros?", sabendo que sei a resposta, mas não a quero aceitar.
Terei de me confortar num mundo onde somos todos falsos, com máscaras eternas, e sem corações, nem mesmo ao alto?
Outra pergunta ao qual sei a resposta: sim. É a verdade nua e crua.
Mas, creio, eu faço um esforço para não me esconder. Sou quem sou, e é com orgulho que o digo.
É também com orgulho que meto o meu coração ao alto.
Leve ele as traulitadas, as trovoadas, o frio, as cicatrizes, as lágrimas que á custa disso derramarei, deixá-lo-ei bem no alto, para que todos o vejam.
"Corações ao Alto!", meus amigos.
E sejam felizes.
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