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terça-feira, 3 de abril de 2012

Flashback Through Memories


- A new day rises. And I rise with it. - disse ela, espreguiçando-se.
Cabelos desalinhados e um pijama todo catita, bem colorido. Uma da tarde.
Arrastando-se até à cozinha, em vez de fazer os seus habituais ovos com bacon, pegou apenas no pão e na manteiga e devorou-os.
Era fim-de-semana, e ela nada tinha para fazer. "Ainda bem! Ufa..."
- Hoje é dia de ficar em casa sem mexer palha!
No entanto, perguntou-se porque motivo dissera o que dissera de manhã, ao acordar. E em inglês?
Encolheu os ombros, já não lhe interessava muito o porquê.
Contentou-se apenas com o motivo de ser mais uma das coisas malucas e espontâneas que ela dizia a quase toda a hora.
Esse era um dos motivos pelo qual os amigos a admiravam.
Sentou-se ao comprido no sofá e ligou a televisão. Até adormecer de novo.


Quando acordou, estava deitada numa cama que não era a sua. Nem o quarto era seu.
Ao seu lado estava um homem deitado, a dormir.
Viu as roupas, dele e dela, espalhadas pelo chão, e percebeu o que se passara.
Mas não reconhecia o homem.
Tentou ligar a uma amiga para saber se ela se tinha embebedado e feito alguma maluquice, mas ao pegar no telemóvel que seria supostamente dela, os contactos não eram os mesmos. Quando pegou no telemóvel dele, recebeu o mesmo resultado.
Saiu da cama, pegou nas roupas apressadamente e tentou vestir-se enquanto andava e pegava em mais pertentes que julgava ser seus.
Por segundos olhou para a mão esquerda e viu no dedo anelar um anel. De casamento. 
Olhou em redor, e viu que a casa parecia pertencer a um casal. E assustou-se à séria.
Tropeçou ao pisar as calças que vestia.
Bateu com a cabeça numa mesa, e desmaiou.


Ao acordar novamente, encontrou-se numa tenda.
Mas ela não era a mesma adulta. Era uma jovem, cercando os 16 anos.
Estava envolvida num saco-cama, e já vestia um pijama com um emblema.
Ouviu uma trompeta ao longe. Quando acabou de tocar, a voz forte de um homem.
- Meninas e meninos, toca a acordar! O dia está lindo para mais uma aventura!
Ela só pensava no que estava a acontecer.
Saiu da tenda, ainda de pijama, como alguns dos outros colegas.
Uma das raparigas dirigiu-se a ela e disse:
- Vá, que cara é essa? Sempre adoraste esta colónia, e nunca te vi assim...
- Ouve, não sei quem és, nem eu sei como estou ou quem sou agora. Ajudas-me ou não?
- Estás bem? Acho que hoje não regulas bem... Estás doente?
Meteu-lhe a mão sobre a testa, mas ela tirou-a bruscamente e disse:
- Ajuda-me caramba!
- Sim, eu vou ajudar-te... Vamos ali até àquela casa, lá podem ajudar-te...
A rapariga levou-a até à Enfermaria, e disse:
- MJ, ela está doida! Ajude-a!
- Então, mais um ataque de loucura? Eu bem que gosto de ti, mas sempre soube que era um perigo vires para esta colónia...
Ela saiu a correr da Enfermaria, apavorada com a situação. Agora era considerada insana?
A tal MJ correu atrás dela, a gritar "Volta aqui!"
Mas ela não voltou. Correu e correu, até tropeçar numa pedra e bater com a cabeça noutra pedra.
Levantou-se, e reparou que estava a sangrar da cabeça.
A MJ agarrou-a a tempo de não cair de novo com outro desmaio.


Acordou sobressaltada.
Viu pela janela a luz do Sol a iluminar o quarto.
- A new day rises. And I rise with it. - disse ela, espreguiçando-se.
Cabelos desalinhados e um pijama todo catita, bem colorido. Uma da tarde.
Arrastando-se até à cozinha, em vez de fazer os seus habituais ovos com bacon, pegou apenas no pão e na manteiga e devorou-os.
Era fim-de-semana, e ela nada tinha para fazer. "Ainda bem! Ufa..."
- Hoje é dia de ficar em casa sem mexer palha!
No entanto, perguntou-se porque motivo dissera o que dissera de manhã, ao acordar. E em inglês?


Recordou-se do que acontecera.

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