Se eu gritar por este texto, conseguirão ouvir-me?
Espero que não.
E se desistir de gritar, por receio de ficar rouca?
Quem me dirá "não desistas", ou "não fiques rouca"?
Espero poder desistir.
Noutra altura enrouquecerei.
E se achar que tudo o que escrevi para trás está errado?
Se achar que tudo o que escrevo é absurdo e horrível e desprezível e...?
Mas a quem quero enganar?
Dizem-me que sou original no que escrevo. (A sério?)
Eu digo que o que escrevo é absurdo.
Logo, a minha originalidade é absurda.
Ora, a minha originalidade está em último lugar, entre as outras originalidades.
Sinto-me pequena.
Talvez seja por isso que o resto dos meus textos esteja em papel.
São o dobro ou mesmo o triplo dos que aqui estão publicados.
São textos envergonhados, com medo do blog.
Medo de outros olhares, de críticas.
Um dia disse que os iria meter aqui.
E talvez o farei.
Mas antes, deixemos escorrer algumas lágrimas ansiosas.
Depois ambicionarei.
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