Em vez de ir pelo caminho habitual, decidi passear por um jardim pelo qual sempre passava, e sempre desprezava.
Cansada da mochila que carregava às costas (e não só), sentei-me num banco de jardim.
Não foi preciso esperar muito para que tudo começasse.
Num banco à minha frente sentara-se um idoso, tão ou mesmo mais cansado que eu.
A sua cara mostrava a solidão em que vivia. Já nem havia esforço para o esconder.
Suspirou fundo, como se fosse seu possível último suspiro.
Olhou para mim, olhou por olhar.
Tempo depois, um casal jovem sentara-se junto do idoso.
O casal começara com demonstrações de afecto públicas, e o idoso suspirou de novo. Pelos seus bons velhos tempos.
Retirou-se então, ligeiramente incomodado com o casal.
Passou por mim uma senhora a passear o seu cão, e este aproximou-se de mim e ladrou.
Dei-lhe umas carícias e ele seguiu o seu caminho, todo contente.
Passou por mim uma mãe com um bebé no carrinho e uma criança de mãos dadas.
O bebé já vinha ligeiramente aborrecido, e então chorou.
A mãe sentou-se ao meu lado e de tudo tentou para que o seu bebé parasse de chorar, mas nada feito. E ela começara a desesperar.
Brinquei com o bebé, e este olhou-me feliz.
Quanto olhei para a mãe, esta estava grata.
Foi a vez dela de brincar com o seu filho, aliás, com os seus filhos.
Ela então partiu com eles, e disse-me "obrigada".
Veio um gato pousar-se ao meu lado. Era estranhamente dócil.
Dei-lhe carícias, meio distraída. Que belo gato.
O casal saíra, um rapaz com uma máquina fotográfica entrara.
Despedi-me do gato e do banco, um pouco aborrecida por ter de o fazer.
Quando a olho recordo-me daquilo que fui testemunha.
A foto acima foi-me dada pelo rapaz da máquina fotográfica.
(Mentira. Foto retirada da internet.)
Mentirosa.
ResponderEliminarOra, não me julgues por uma mentira inocente xD
ResponderEliminarSe não fosse essa mentira não teria escrito este texto...